quarta-feira, 21 de outubro de 2009

28 de maio 1498

    Hoje finalmente desembarcamos na praia de Pandarame, acompanhados de 12 ilustres tripulantes. Todos nós estávamos vestidos com muitas roupas de veludo, capas e chapéus ainda que estivesse fazendo muito calor. Isso com o objetivo de impressionar o Samorim. Logo em seguida partimos para uma caminhada de 12 km, sempre cheio de curiosos a minha volta.
    Chegamos ao palácio quase ao pôr-do-sol e fomos recebidos por homens importantes da corte até chegar ao governador.
    Penso que ele também queria nos impressionar, uma vez que usava bordados de ouro, jóias valiosas e estava reclinado em uma cama coberta de veludo. A decoração da sala me encantou, havia muitos objetos de ouro e prata.
    Ele nos saudou de uma forma indiana, muito engraçada. Levantava os braços, unia as mãos e logo depois nos servia frutas, todos permaneceram observando aquele gesto, porém ele ria da situação.
    Depois de comer, eu lhe pedi um encontro mais reservado, concordando pediu parar que os outros se retirassem. Eu tentando me mostrar superior, disse que era embaixador do rei de Portugal, senhor de muitas terras e que todos os anos o rei enviava tropas a procura daquelas terras, não em busca de ouro ou prata mas sim para encontrar reis cristãos assim como ele.
    Como a noite já estava chegando nos mandaram para um lugar afastado do palácio para que pudéssemos repousar. Os dias seguintes foram para conhecer melhor o lugar, logo voltaríamos para Lisboa e começaríamos a comercializar com a Índia através da rota que a nossa embarcação havia descoberto.


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